sábado, 21 de agosto de 2010

5 perguntas para Eduardo Suppes

Se você tem verdadeira paixão por moda, certamente já leu o nome de Eduardo Suppes, 34, em algum site ou revista importante. O estilista nasceu em Barbacena, MG, e ficou conhecido por lançar coleções recheadas de personalidade nas passarelas da SPFW. Aos 17 estreava na alternativa Dee Jay's, famosa nos anos 80 em Belo Horizonte e, depois de prestar assessoria para diferentes marcas, lançou a sua própria em 1998. Passou antes pelo Fashion Rio até chegar à semana de moda comandada por Paulo Borges, sendo reverenciado por crítica e público. Para o Inverno de 2005 trouxe a top Naomi Campbell num desfile que evidenciava a preocupação excessiva de muitos com a forma física. Longe dos holofotes, Suppes continua seu legado e conta, com exclusividade para o The Satisfashion, o que está fazendo.

The Satisfashion.:. O que está fazendo agora? Por que decidiu não desfilar mais?
Eduardo Suppes: Presto assessoria de estilo para seis marcas do Brasil, onde desenvolvo as coleções e produtos, sendo quatro ao todo no ano de cada uma delas. Quanto a não desfilar, optei por uma questão de qualidade de vida mesmo. Após sete edições do SPFW e uma do Fashion Rio o desgaste psicológico é muito grande. Vi que não me trazia mais felicidade e, num estado evolutivo, se é que posso dizer assim, abri mão do que me fazia mau, uma vez que eu não abri mão do talento pois ainda continuo trabalhando no ramo e desenvolvendo coleções que são sucesso de venda, graças a Deus!

T.S.: Como enxerga a moda brasileira atual?
E.S.: Muito evoluída mas ainda com pouca identidade e um foco de polo de desfiles ainda meio confuso. Esse eixo Rio de Janeiro São Paulo para o Brasil ainda acho estranho!

T.S.: Na época dos desfiles como recebia as críticas?
E.S.: .Normal. A grande maioria foram muito boas e a maior parte das críticas internacionais, muito elogiadas. Eram as que mais me importavam.


T.S.: Qual momento na SPFW mais marcou sua vida?
E.S.: O desfile com a Naomi Campbell e meu primeiro de estréia, com certeza, lotado de tops!


T.S.: O que deseja para o futuro?
E.S.: Paz e tranquilidade é o que eu mais quero!

por Daniel Amarhal
Foto: divulgação!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Papo reto com Edgar de Camargo

Tão libriano quanto eu, dono de um corpo marcado por sabe-se lá quantas tatuagens _sim, ele perdeu as contas!_ e capaz de arrancar suspiros de qualquer ser humano, freak or not, Edgar de Camargo, 32, nasceu na São Paulo das artes, do submundo, subjacente, até.

Dono de um dos estúdios de tatuagens mais procurados, ele revela com exclusividade para o The Satisfashion as suas estórias e particularidades. Num papo reto, Edgar desnuda-se sem pudor, arte que ele entende bem, tendo já sido fotografado nu em pelo numa edição da revista on line McMag!


Aqui, os melhores momentos da conversa.


The Satisfashion: Defina-se em uma palavra.
Edgar de Camargo:
Simples!

T.S.: E o que é simplicidade para você?
E.C.:
Objetividade, papo reto!

T.S.: Como concilia sua arte administrando um estúdio de tatuagens?
E.C.:
Trabalhar com tattoo, mesmo não sendo tatuador, para mim é muito bacana porque coordeno uma equipe de incríveis tatuadores e, por outro lado, acabo absorvendo muitas referências...

 
Família tatuada!

T.S.: E quais são as referências das tatuagens que você mais observa na sua arte?

E.C.: Na última série que estou trabalhando, onde uso materiais coletados da rua (lixo), as pinturas são totalmente baseadas nas tattoos com desenhos sérios, onde brinco com cores fortes, mostrando um contraste entre imagem e cor.

T.S.: E por que abriu um estúdio de Tattoo não sendo você tatuador?

E.C.: Estava me programando para morar na Europa e atualizar meu inglês. Tinha acabado de sair da Cavalera, onde era vendedor. Meus irmãos e cunhadas estavam trabalhando em estúdios pela cidade, aí meu irmão Arthur, o mais velho, veio falar para eu ficar e tivemos a ideia de abrirmos juntos o True Love Tattoo aqui em São Paulo. O nome do estúdio foi ideia minha...

Gregory de Camargo, o filho!

T.S.: E como surgiu essa paixão pela tatuagem? Quantas você tem?
E.C.:
Desde os 12 anos estou envolvido com tattoo, foi quando fiz minha primeira. A segunda, aos 16. E assim foi... Não sei ao certo quantas tenho, até porque elas já se misturaram, em alguns casos foram cobertas por outras. Tenho nos braços, canelas, costas, costelas, mãos, pescoço.

T.S.: Tem alguma tattoo preferida?
E.C.:
Isso é meio relativo, acho que sempre dou uma atenção à ultima que foi feita!

Esbanjando a sensualidade que lhe é peculiar!

T.S.: Que artistas o inspiram?
E.C.:
Piranha, tatuador e artista plástico; Deno, tatuador; David Molina, ilustrador ; Hanna Sandstrom, tatuadora; Arthur de Camargo, irmão e tatuador.

T.S.:  Me fale sobre a predileção por caveiras, diabos, toy art...
E.C.: Eu desenho desde criança, meus irmãos também. Sempre curti esse lado mais monstruoso e, por coincidência, hoje existem os toys. Ou seja, eu já desenhava os monstrinhos antes dessa onda toda. Às vezes visito amigos e eles têm quadrinhos meus de dez anos atrás já com essa temática. A série diabos que estou finalizando já tem um pé nas tattoos!

Demônio

T.S.: E que sensação tem quando vê uma arte sua de dez anos atrás? Diferencia muito da arte feita hoje?
E.C.: É bacana, fico feliz. Naquela época desenhava com o que tinha na minha frente. Usava Bic, lápis, giz, tintas, nankin. Hoje em dia já me programo mais. Mesmo não tendo uma formação acadêmica, quando desenho, sei exatamente o material que preciso para alcançar o que desejo.

T.S.: Quem compra sua arte, quem se identifica, quem você quer atingir?
E.C.: Compra quem curtir, se identifica quem vê. Não tenho pretensão de atingir nenhum alvo!

Diabos

T.S.: A sua casa parece uma galeria de streetart. Tudo obra sua ou tem o dedo de mais alguém?
E.C.: Tenho obras de amigos, lixo, sobras de material, rabiscos nas paredes, algumas obras minhas e móveis antigos .

T.S.: Como define seu estilo na arte, na vida, no trabalho?
E.C.:
No trabalho sou dinâmico, já que atuo em diferentes áreas. Na arte sou espontâneo, de acordo com meu momento. E na vida, como já te falei, sou simples; coloco família e amigos em primeiro lugar!

Projeto Caçamba
T.S.: O que você lê?

E.C.: Imagens!

T.S.: O que você ouve?
E.C.:
Tudo!

Hammer Head

T.S.: O que você abomina?
E.C.: Mentiras!

T.S.: Em que ocasiões mente?
E.C.: Não sei dizer!

Fofão

T.S.: Mentiu na entrevista?
E.C.:
Não!

T.S.: Que pergunta você não responderia de jeito nenhum?
E.C.: A que não sei a resposta!

Vírus

T.S.: Te dou uma palavra, você responde o que vier à mente. Cidade?
E.C.:
Tokyo, pelo caos, pelo excesso de informação!

T.S.: Arte?
E.C.:
Expressão!

Brain

T.S.: Sexo?
E.C.:
É bom, mas nem sempre dá!

T.S.: Ida Feldman?
E.C.:
Minha vidInha. A vIda é difícil, mas é gostosa!

 
Com Ida Feldman.

T.S.: Tatuagem?
E.C.:
True Love Tattoo!

Quer mais do Edgar?
Siga os links:
True Love Tattoo, clique aqui!
Flickr do Edgar, clique aqui!
Fotolog Arthur de Camargo, clique aqui!
Fotolog Maria Fernanda, clique aqui!
Fotolog Madhava, clique aqui!
Fotolog André Camargo, clique aqui!

por Daniel Amarhal
Fotos: acervo pessoal (Tk's!)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

I ♥ SP!

"Alguma coisa acontece no meu coração", que só quando cruzo a Oscar Freire e a Avenida Rebouças a palpitação toma conta de mim. Hoje, dia 19 de agosto de 2010, faz exatos três meses que tomei coragem, arrumei as malas (haja camiseta Dhuo!) e mudei para essa Paulicéia Desvairada que tanto amo.
Para não deixar passar em branco a data resolvi selecionar os dez lugares que mais visito, dos quais não abro mão, onde passo sozinho ou acompanhado para me deliciar, rir e, óbvio, gozar dos prazeres que a vida paulistana me dá.


1. Spot: O badalado restô de Sérgio Kalil, inaugurado em 1994, tem o nome mais propício, sendo um dos points mais deliciosos de São Paulo onde a vista e os clientes enchem os olhos de beleza. Leonam Dantas, estilista da marca Dhuo, chefe desse que vos escreve, não volta para Presidente Prudente sem antes provar o penne de limão siciliano, enquanto meu predileto é o risotto de melão com presunto de parma. Chegue, peça uma reserva para o René e vá fumar no lounge que fica do lado de fora. De repente você dá de cara com Junior Lima, Helena Montanarini, Lily Sarty... O atendimento, desculpe a franqueza, não é dos mais acolhedores, portanto, não espere e peça!
(Al. Ministro Rocha Azevedo, 72 - 11 32846131)

 
Spot, point dos partidões da cidade.

2. Ritz: Quer um Cosmopolitan de primeira? Vá ao Ritz e eu garanto que a satisfação será garantida, aproveite e peça uma porção de bolinhos de arroz, os melhores de São Paulo! Numa travessa da Augusta, na Alameda Franca, o local tem ambiente e atendimento ímpar e é pra lá que eu vou quando quero apenas brindar com os amigos. Sem frescuras demasiadas, pode ir de jeans, camiseta e Havaianas que ninguém vai olhar torto. Fabrizio Rollo não sai de lá!
(Al. Franca, 1078 - 11 30886808)

3. Mestiço: Sob o comando da chef Ina de Abreu, o Mestiço tem o cardápio mais água na boca da região dos Jardins. Já chegue pedindo Hanoi, uma combinação de frango desfiado, endívia, cenoura e amendoim. De lamber os beiços como se diz por ai. Tenho verdadeira paixão pelo bolinho de chuva, apresentado a mim pelo artista Jurandy Valença em uma visita que fiz à sua casa. Feito com goma e coco, faz arrepiar o paladar de qualquer um. As saladas são as mais gostosas de que se tem notícia. Vale quanto paga, tenha certeza!
(R. Fernando de Albuquerque, 277 - Consolação - 11 32563165)


Mestiço: esqueça o bolinho de chuva de sua mãe!

4. Dengosa: É onde começa meu dia. Chego e as balconistas já sabem o que quero. Começo pelo expresso sem açúcar e um chapeado, depois uma vitamina de frutas da estação. Sempre peço um lanche para a hora do almoço e destaco os frios, embora seja o Tietê (os lanches têm nomes das ruas dos Jardins) com bacon o que eu mais como. Adoro também o de salmão defumado, mas troco sempre o queijo branco por cream chease. Sem contar as baguetes, a ciabatta, os doces deliciosos...
(Rua Melo Alves, 281 - 11 30640287)

5. Gorila Café: Conheci o lugar no aniversário de um super friend. Adorei, voltei uma semana depois para outro aniversário e semana que vem terei outra comemoração por lá. Famoso, com os garçons quase amigos, o Gorila tem ambiente super fofo com cúpulas no teto revestidas de diferentes tecidos, onde o mesanino ferve na hora do Pic Pic! Tem cervejas vegans, drinks rústicos ao paladar cosmopolita e uns petiscos que são indispensáveis.
(Rua Melo Alves, 74 - 11 23640436)

6. Sushi Show: Em dia de preguiça ou simplesmente vontade de variar não hesito em escolher um japanese food. A menos de 3 minutos de casa, o Sushi Show é parada obrigatória para quem adora culinária oriental. Entre sushis e sashimis, destaco as guiozas e o urumaki de camarão, que é dos melhores que já provei na vida. Sem as pretensão dos restaurantes dos Jardins, o Sushi Show tem dècor de mangá e assentos típicos, onde torna-se prazerosa a arte da degustação. Peça uma caipirinha de saquê com lichia enquanto espera e, por fim, depois da lambança, ouse no sorvete de creme com calda de gengibre. Faz bem ao hálito e ao ego!
(Rua Capote Valente, 544 - 11 30623353)

Avenida Paulista, onde meu ♥ bate junto ao ♥ de São Paulo.

7. Häagen Dazs: Se tem um sorvete que dispensa apresentação este pode ser chamado de Häagen Dazs. Quem ainda não conhece o novo sabor Chocolate com caramelo e pralinè não sabe o que perde. É de se lambuzar sem culpa. Na dúvida, peça os clássicos Doce de leite, macadâmia e chocolate belga.
(Rua Oscar Freire, 900 - 11 30621099)

 
Häagen Dazs: precisa dizer alguma coisa?

8. Banca da Fátima: Numa Alameda Lorena recheada de novos amigos, eu me refestelo mesmo é com Fátima, dona da banca de jornal mais pop da quadra entre Melo Alves e Rebouças. Lá eu me mantenho informado sobre todas as revistas e fofocas de editoras. Vou buscar as revistas do mês e saio carregado dos pães de mel mais saborosos do mundo. Sim, lá também tem doces, cigarros, Halls preto (não vivo sem!) e clientes bonitões que param seus Mini Coopers para comprar Carta Capital!
(Al. Lorena, esquina com Melo Alves - 11 30864501)

9. Granado: Se quero um presente, corro na Granado. Sempre dou velas, sabonetes, cremes. Além de fazer bem ao corpo, faz bem à alma. O sabonete de castanha do pará é minha coqueluche. Num jantar que dei em casa, a visita, depois de lavar as mãos, ficou maravilhada com o cheiro. As velas são também um requinte e custam muito mais baratas que as grifadas que não perfumam a casa. Indico as de ylang ylang, das quais não vivo sem! Tem também sabonete em barra, perfumes (Carnaval é o melhor!), a linha da estilista Isabela Capeto e um protetor labial sabor canela que esquenta os lábios na hora do beijo!
(Rua Haddock Lobo, 1353 - 11 30611080)


Granado, onde tudo dá gosto de comprar!

10. Nilton Tamba: Se minha vida mudou, meus cabelos passam por um processo de total energização com os cortes de Augusto Henrique. Lavados com Paul Mitchel e bem tratados com mãos de ouro e tesoura afiada, é no salão de Nilton Tamba (o japa mais querido entre celebs e jett setters!) que eu rasgo a minha seda todo dia. As unhas ficam a cargo de Rosa, a morena da pele que parece um jacquard de seda. As clientes já me adoram, algumas até ja me chamam quando chegam... e lá vou eu 'benzer o salão', como diz Nilton, com minha alegria e temperança. Meu divã, meu ponto de encontro e bate papo, onde só o que importa é a equipe de grandes profissionais que tornam meu dia, todo dia, mais completo!
(Alameda Lorena, 2116 - 11 30628119)

por Daniel Amarhal
Fotos: divulgação!

Arquitetura & Decoração por Fernando Piva


Fernando Piva é decorador dos mais renomados em São Paulo. Apaixonado que é pelo seu trabalho, assina projetos atemporais e cheios de savoir-faire. Formado em Economia pela PUC, autodidata em decoração, assinou também as festas mais chiques da metrópole, privilégio de poucos e bons, já que Piva dedica-se hoje integralmente à ambientação.







Aqui, no The Satisfashion, conta o que acha bacana e diz quem o inspira.



The Satisfashion: Qual a marca registrada de seu trabalho?
Fernando Piva: Conforto, elegância, funcionalidade.


T.S.:Mestres da arquitetura:
F.P.: Santiago Calatrava, Norman Forster, Paulo Mendes da Rocha, Oscar Niemeyer.


T.S.: Quais as tendências para a decoração nesse exato momento?
F.P.: Não acredito na palavra tendência. Acho que não mudamos a decoração da casa como mudamos de roupa... prefiro definir tendência como bem-estar, e uma casa para ser vivida, sendo o reflexo da alma de seus moradores!


T.S.: Que objetos não podem faltar numa casa?
F.P.: Amor!


T.S.: O que você acha supérfluo?
F.P.: Tudo o que não reflete seus moradores!


por Daniel Amarhal
Fotos: acervo pessoal (Tk's!)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Franjas, eu me rendo!

Desde que conheci Arnaldo Ventura (e isso já faz uns bons anos!), o estilista vinha tentando me convencer do poder que tem uma roupa com franjas. Sempre achei caricato, audacioso demais para qualquer mulher _ou homem também, por que, não?
Isso até viajar a Presidente Prudente para produzir os looks do catálogo de Verão 2011 da Dhuo, marca da qual sou Relações Públicas. Leonam Dantas, responsável pelo desenvolvimento de coleções femininas da mesma, havia criado vestidos lindos, desses must have obrigatórios na estação mais quente do ano. Levando em consideração o tema chave da coleção, Etnias, fiquei surpreso ao me ver encantado por um vestido de malha com franjas cortadas no laser. A peça não me soava conceitual demais, tão pouco beirava o escapismo de looks que a gente vê na passarela e quer que vire apenas objeto de colecionador. Pronto, tinha me rendido às franjas!

Dhuo, Verão 2011

Numa pesquisa realizada no Facebook pude constatar que, assim como eu, nem todo mundo aprova a moda. Os mais ousados aderem às franjas quase sempre pelos mesmos motivos. Para minha amiga Vivian Regolin, Assistente de Comunicação da H Stern, a roupa com franja é moderna, dá liberdade, é jovem. Mesma opinião de Leonam Dantas que exercitou a jovialidade da antiga cliente Dhuo em peças que parecem saídas do guarda-roupa de uma adolescente. "Gosto dessa liberdade, desse movimento que tem um vestido com franjas"! _ sentencia o estilista.

Amapô, Verão 2011

Contrária à tendências que evocam minimalismo e falta de personalidade as franjas dão destaque à peças de cores menos óbvias como carbono e violeta e recebem os louros numa estação pontuada por brilhos e excessos. Nas passarelas brasileiras a grife Amapô apresentou dois looks, um body e um terno com franjas multicoloridas, dessas de arrancar suspiro de todo fashionista. Enquanto Paris Hilton desfila um vestido franjado de seda na Triton e chama, óbvio, mais atenção que a roupa!

Triton, Verão 2011

Bob Store, Verão 2011

Em sua campanha de Verão a Bob Store aposta em look boho chic e traz a linda Guisela Rhein com coletinho franjado apenas na barra. Mas quem ainda tem medo e não quer sair por aí parecendo dançarina de cancan ou cowgirl do asfalto indico as sandálias da Shoesserie. Dá para apostar num minimal chic e ir ser feliz, balançando as franjas na pista de dança! O mínimo que vai acontecer é as atenções se voltarem para você! Quer coisa melhor?

Shoesserie por R$270,00

por Daniel Amarhal
Fotos: divulgação!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Parabéns, Rodrigo Rosner!

Diz-se que deixar passar em branco o aniversário de um amigo querido é ato imperdoável. E sendo hoje uma data comemorativa para Rodrigo Rosner (sim, mais um dos muitos leoninos que eu adoro!) resolvi dedicar a ele esse post.

É pic, é pic...

Para não dizer que não falei das flores, ou melhor, das 32 primaveras completadas hoje pelo estilista divido com vocês leitores a minha satisfação em conhecer um rapaz de fino trato, que fala baixo e não comenta a vida alheia em hipótese alguma.

Criador e criatura.

Brilhante que é, Rodrigo constrói sua identidade na moda a cada desfile apresentado na Casa de Criadores. É de ficar embasbacado com as plumas e sonhos que ele lança na passarela, contando histórias muito particulares de seu convívio com mulheres de savoir-faire inabalável.

Para homenagear a avó foi buscar num baú familiar uma luva que serviu como base para uma de suas estampas mais lindas no Inverno 2010, enquanto nesse Verão 2011 um rococó digno de Lacroix, de quem Rodrigo se diz testemunha, faz as vezes de uma viagem húngara também familiar para vestir uma cliente digna e diva. Sorte de quem entendeu o recado e pena dos que enxergam sua moda como exagerada.

Verão 2011. Backstage por Debby Gram.

"Adoro as críticas. Porque minha moda não é realmente popular, limpa, clean. É rebuscada"! _dispara o estilista, sentado comigo em plena Alameda Lorena, enquanto jogamos conversa fora e falamos de amores.

Solteiro e dono de um sorriso dado a poucos, Rodrigo é um homem com visão de lince. Vai além, viaja na própria verve cultural e traz à tona aquilo que um leonino mais tem: Audácia!

 
Criança, "numa época em que as coisas eram fáceis".

Para você, querido, nesse dia especial, os meus mais sinceros votos de Felicidade!

por Daniel Amarhal
Fotos: 'furtadas' de seu acervo pessoal!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Guarde esse nome: Gabriel Alves

Dono de um estilo todo próprio e um 'jeitinho de ser' todo meigo, Gabriel Alves é das pessoas com quem eu mais me divirto na São Paulo dos garotos descolados, fashionistas ou não.



Editor de três blogs, Gabri transparece uma alegria contagiante com suas tiradas espertas e nonchalance digna de um adolescente que nunca está à beira de um ataque de nervos. No SP Hype Style a moda é o foco principal. Em The Party são as baladas nababescas, com mil fotos tiradas por ele, que dão fama aos modernos _ou não, como é o meu caso!_ frequentadores do Gloria. E ainda no It Style, Gabri fotografava estilosos nas ruas de São Paulo e, de cara, afirma ser esta a cidade mais incrível do mundo!

Leonino que é, Sir Alves é desses amigos que você quer sempre ter por perto porque ele brilha sem ter a pretensão de fazê-lo. Elogio sua jaqueta e ouço sem o menor pudor que custou R$18,00 num brechó qualquer. O terno azul marinho é Pierre Cardin e também custou pouquíssimos R$25,00. Isso sem falar dos muitos anéis, comprados à exaustão na 25 de março.

 
Daniel Amarhal e Gabriel Alves

Invejo essa proeza, essa caça pelo delicado que custa pouco e ele me chama de fresco porque amo Häagen Dazs de macadâmia e não vivo sem cream-cheese, mas no fundo somos grandes brincalhões, donos de vidas muito parecidas e de gostos e atitudes bem diferentes mas que têm em comum o senso da amizade duradoura.

Gabri é um sucesso e esse nome você tem guardar já, sacar o Blackberry e ir seguí-lo no Twitter. Ao menos, boas risadas você garante!

por Daniel Amarhal
Fotos: acervo pessoal! (Tk's!)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Música que arrepia.

Ontem, durante uma visita à minha página do Tumblr, encontrei um perfil muito interessante com fotos de cunho sexual pouco apelativo. Xeretei todas as imagens até me deparar com um vídeo que, segundo um amigo, o estilista Fause Haten já postou em sua página do Facebook.
Num rápido Google descobri que muitos blogs já o postaram, caso d'O Confessionário que, por conta do vídeo, criou uma nova sessão intitulada Sem Palavras, já que a arte, a música, a magia deixa-nos realmente boquiabertos, à procura de um adjetivo que caiba à esta grande poesia visual chamada PAG - The Lady is dead!

Deliciem-se:



por Daniel Amarhal
Fonte/Vídeo: Youtube

terça-feira, 3 de agosto de 2010

No ar, The Satisfashion!

Editar um blog parece a tarefa mais simples do mundo. Pode ser, sim. Contanto que não exista profissionalismo, que o português do texto seja aquele de doer a alma e que as matérias sejam simplesmente copiadas de outros blogs... Depois de grande hiato retornar me soa como presunção. Mas que seja eterna essa minha maledicente mania de deixar rastros.


Já faz alguns meses que travo uma luta contra a preguiça. Relançar de novo o The Satisfashion? Pra quê? Pra quem? Mas bastou a mudança para São Paulo para se atenuar ainda mais a minha vontade de expressar sentimentos, desejos e paixões. Quem me conhece sabe que moda é meu universo, que o assunto me eleva ao patamar dos bem aventurados e foi por isso que decidi, mais uma vez, colocar para fora os meus anseios.

Convidei gente bacana, de carteira assinada em suas profissões, para alavancar a audiência. O editorial que sempre quis fazer e antes a distância não permitia aconteceu e você, leitor (a), confere em Fantasia a 'deselegância discreta de tuas meninas' porque Sampa me dá esse motim, me transforma em múltiplo e eu sigo cantando a canção mais alegre. Porque viver é isso, é se entregar, dar cara à tapa e transformar em realidade os nossos sonhos mais lindos.

Aqui, eu apresento a artista inglesa Carmen Einfinger e revelo particularidades de uma conversa nossa durante sua visita ao Brasil em fevereiro. Jackson Goestemeier fala sobre as doçuras e agruras da Profissão Estudante e o empresário Sandro Accariès viaja até Zurique e dá as dicas certeiras para deixar a carteira vazia na cidade mais cultural da Suíça. E tem ainda o passo-a-passo de um olhar penetrante ensinado por uma mestra da beleza!

Quer mais? Volte sempre e terás, no mínimo, um blog recheado de leitura obrigatória!

por Daniel Amarhal
Foto: Lex Mendes

Colaboradores

Andreia Costa
O que seria de mim sem essas beldades?
A vocês, os louros dessa publicação!




Persona que envolve e transmite uma energia de arrepiar. É dela o make que você aprende na sessão Passo-a-passo e que também traduz a fantasia criada para o primeiro editorial The Satis/fashion! Encontre a moçoila no badalado salão de Nilton Tamba (Al. Lorena, 2116) e em sua loja (Rua Augusta, 2633, lj. 34).

Sandro Accariès
Renomado que só ele, Sandro é empresário de mão cheia. Em recente viagem a Zurique trouxe na bagagem as fotos e as dicas que você, leitor, lê na sessão Passaporte, com exclusividade para o The Satisfashion! Quer ser elegante? Tente com ele!

Lex Mendes
Meu amigo mais freakstyle, Lex Mendes me recebeu de braços abertos na Paulicéia Desvairada. Companheiro de dancinhas frenéticas no Gloria, ele assina as fotos que aqui pipocam energia e glamour no layout, na sessão Beleza e também no editorial Fantasia feito numa avenida Rebouças em movimento!









Jake Goestemeier
É dele a primeira sessão Profissão, onde o louraço nada belzebu fala sobre a dor e a delícia de ser um estudante de Design Industrial. De cara ele já avisa que é do mundo underground e que Luan Santana tá longe de ser seu ídolo!


Meu eterno obrigado,
DA

Persona: Carmen Einfinger

Faz pouco mais de cinco meses que a artista Carmen Einfinger esteve no Brasil. E nem de longe consigo esquecer o encantamento dessa inglesa ao tocar as fantasias da ala das baianas de uma escola de samba de Cubatão executadas num complexo do projeto Fábrica da Comunidade. "Lindo, lindo!" _ ela dizia o tempo inteiro, maravilhada com plumas e penas falsas que ostentavam as cabeças que seriam desfiladas dias depois. O carnaval, claro, passou. As cinzas espalhadas pela avenida Carmen não viu. Mas deixou marcada em meu coraçãozinho piegas a saudade de uma mulher com alma e sorriso de criança.

Paramos a avenida principal da cidade. Eu, calorento que sou, de shorts xadrez tartan e camiseta branca. Carmen, com chapéu e uma capa de pashmina com proteção solar tentando se esquivar o tempo inteiro do sol de quase 40 graus daquele dia. Uma verdadeira loucura aquela mulher de pele alva passeando pela cidade brasileira que mais foi poluída nas décadas de 70 e 80.

Recebida de braços abertos e abraços calorosos pelos meus amigos da Fábrica da Comunidade, Carmen passou o dia comigo. Almoçamos juntos, comemos coxinha de galinha (sim, ela estava de regime, mas se deu a esse luxo!) e passamos horas numa cafeteria que eu sempre frequentava até me mudar de vez para São Paulo.

 Com o escultor Duayne Hatchett em Buffalo, 1987.

Na conversa relembramos perguntas que fiz numa entrevista gigantesca e que nunca fora publicada. Falamos sobre arte, paixões, sobre o Brasil e também as perdas que a artista teve ao longo da vida. Carmen relembrou a mudança para o Brasil com os pais e o irmão. Contou que seus pais conheceram-se no sanatório onde trabalhavam. O pai, um autêntico boemio, veio para cá em busca das riquezas amazônicas e seguia sua vida florestal enquanto que os filhos foram estudar em colégios internos. Passaram por dificuldades psicológicas nas escolas integrais de São Paulo e São Vicente, onde a artista fez bons amigos. Daí sua lembrança do antigo cinza cubatense e das fábricas poluindo o ar com fumaça. Aos 18 anos, após a morte de seu irmão em Santos, Carmen aventurou-se com uma amiga num cruzeiro e desembarcou em seu país natal, Inglaterra, com a coragem que lhe sobra até hoje.

 Aos quatro anos, com a mãe e o irmão no Rio de Janeiro.

Depois do regresso, Carmen foi morar no Canadá, onde foi modelo e conheceu amores. Casou-se, foi feliz e começou a pintar. Sua arte baseia-se na maneira como uma criança enxerga as cores. Os traços são sempre pretos, mas as cores não são pensadas. Amarelos misturam-se a marrons, violáceos confundem-se com verdes e o resultado final são obras que parecem ter sido pintadas por uma menina de seis anos de idade. Pergunto como a vivência em diferentes países, a infância tardia e as doloridas perdas influenciam em sua arte e, Carmen, como artista formada em Fine Arts pela Buffalo's University, se revela uma mulher de múltiplas faces. Suas pinturas refletem sonhos, poesias, particularidades. Pinta ídolos como quem pinta amigos e pinta amigos como quem pinta ídolos.

 Na época de modelo em Buffalo, 1979.

Sorte a minha já ter sido retratado por Carmen Einfinger e sorte de poucos e sortudos brasileiros como o assessor Fabricio González, a ex modelo Fatima Simonsen, a atriz Cintia Grillo e o empresário Augustusz Neto. Amigos em comum, amigos da artista e amigos das artes! Todos, certamente, orgulhosos dessa grande menina mulher.

 Brasileiros retratados por Carmen. Fatima Simonsen e Cintia Grillo, Daniel Amarhal, Fabricio González, Augustusz Neto e Fabio Saboya.

Saiba muito mais sobre essa mulher incrível, aqui!

por Daniel Amarhal
Fotos: acervo pessoal (Tk's!)

Profissão: Estudante, por Jackson Goestemeier

Meu nome é Jackson Goestemeier, embora todo mundo me chame de Jake (lê-se Djêik) desde que eu tinha 16. Atualmente tenho 22 anos e, desde criança, gosto de desenhar, criar, inventar e foi por isso que há cerca de 2 anos e meio decidi cursar Design Industrial.
Naquela época eu morava em Guaramirim, uma cidade que poderia ser comparada a Stars Hollow de Gilmore Girls por seu tamanho. Porém, Stars Hollow é muito mais bonita. Eu trabalhava todo dia das 07h30 as 17h20 numa empresa de uma cidade vizinha, Jaraguá do Sul, e após o trabalho pegava um ônibus e viajava até Joinville para estudar. Minhas aulas começavam as 19h e acabavam por volta de 22h30. Após o término da aula eu enfrentava quase 2 horas de viagem até chegar em casa. Fiz um semestre em Joiville, porém a faculdade não agradava e eu terminava o dia exausto e sem tempo para fazer os milhões de trabalhos que tinha. Eu desisti, não do design, mas da universidade em Joinville.

 Laboratório

Em seguida fiz um curso pré vestibular apenas para não ficar em casa sem fazer nada e após o cursinho voltei pro design, mas agora em Blumenau (sim, a terra da Oktoberfest!), onde as aulas começavam as 18h30 e acabavam as 22h00. Eu chegava em casa as 23h10 e tinha ainda mais 2 horas para estudar e fazer trabalhos.

No teceiro semestre larguei meu emprego em Jaragua do Sul e me mudei para Blumenau para trabalhar em uma empresa de design de interiores. Trabalhei durante 4 meses e por problemas burocráticos acabei largando o trabalho. Hoje em dia me dedico inteiramente à faculdade. Vocês podem pensar que sou bom vivant, porém não sou. E mesmo não trabalhando quase enlouqueço pra conseguir entregar meus trabalhos.

 Sala de aula

Não me apaixonei pelo design apenas por que gostava de desenhar e criar, mas sim por um simples fato: criar produtos pelos quais as pessoas se afeiçoam, se apaixonam. Quem não ama um iPod, um Mac, um iPad criados por Jonathan Ive? Quem não os admira? Quem nunca babou por uma cadeira Panton, uma Le Corbusier, uma Egg Chair, um Cloud sofá? Criar sentimentos, isso é design pra mim!

MP3 criado por Jake

Atualmente estou no 5º semestre, cursando as cadeiras de Design e meio ambiente, desenvolvimento de produto 3, marketing e fotografia digital. E a que mais gosto é, com certeza, desenvolvimento de produto, onde esse semestre criei um secador de cabelos conceito (vide foto) e agora estou me preparando para participar de um concurso. Isso sem mencionar as luminárias, puffs, mp3 que criei nos semestres anteriores.

 Secador de cabelo, criação de Jake

Os professores são ótimos, porém muitos não são formados em design, mas em arquitetura e áreas afins.

A universidade que freqüento é a FURB, que fica ao lado de casa em um ótimo bairro aqui em Blumenau. Aqui é muito grande, possui muitas árvores, bancos para as pessoas descansarem sob a sombra, campos de futebol e vôlei pra o pessoal se divertir e também treinar (no caso do pessoal que faz Educação física), além de piscinas, academia, quadras poliesportivas. Enfim, a estrutura é muito boa.

 Campus FURB

Quanto ao campo de atuação, é fraco se comparado a cidades como Curitiba e São Paulo. As empresas ainda não tem a percepção de que um designer pode contribuir e muito para a mesma e, por isso os alunos enfrentam muita dificuldade para conseguir emprego.

O jeito é ‘se jogar’ nas cidades maiores após o término do curso. Mas e o medo de não dar certo? O medo é algo com o qual eu e meus colegas de classe convivemos diariamente. E falando em colegas de classe, são ótimos. O pessoal de Blumenau faz amizades com muita rapidez, além de serem muito hospitaleiros e festeiros! A cidade possui uma ótima gama de barzinhos e festas para todos os gostos, para quem gosta de Luan Santana _que não é meu caso_e para quem gosta de música eletrônica ou baladinhas alternativas, onde eu me encontro, claro!

 É festa!

por Jake Goestemeier
Fotos: acervo pessoal (Tk's!)